sábado, 6 de dezembro de 2008

Auto Avaliação


Curso: Alfabetização e Linguagem

O curso correspondeu às minhas expectativas. Aumentou meu conhecimento, enriqueceu a minha prática pedagógica, tornando as aulas mais interessantes e atrativas.
Foi uma troca de experiência e vivências do dia a dia, de uma sala de aula. Um material muito bom e rico. Os instrutores não mediram esforços e ânimos para a conclusão deste curso. Aulas interessantes e proveitosas.
Encontrei algumas dificuldades, por motivos de mudança de trabalho Regional de Ceilândia/Regional do Paranoá. Nesta região atuo como professora de português e PD1 (Ensino Fundamental) em escola rural de mais ou menos 1.600 alunos. Do primário ao 2º grau – EJA e aceleração. As dificuldades e a falta de professores é grande. A distância e a locomoção também.
O meu local de residência é Unaí- MG, saindo de casa às 5:00 hs da manhã e retornando às 19:00 hs. Muitas vezes pensei em desistir do curso, mas graças a motivação dos instrutores e colegas, consegui concluí-lo. Fiz das dificuldades terapias, das viagens encontros proveitosos.
Hoje, digo quevaleu a pena!!! Se tivesse que tentar novamente, eu tentaria. As aulas realizadas no curso e fora do curso foram 10, excelentes: encontro na feira do livro e outros...
Sei que o mundo é um desafio. Um espetáculo, cuja a história é o homem. Que o homem move o mundo e neste mover constante acontece a Educação, e que a escola é um espaço de socialização de saberes e sentires. A minha nota como aluna participante do curso seria 8,0, deixei de realizar postagens no blog em tempo Hábil.
Hoje sou uma participante ativa do processo educativo de meus alunos, refletindo, planejando, continuamente, sem esquecer que também somos sujeitos de nossas aprendizagens.
Que outros professores tenham a mesma oportunidade que tive.
Digo novamente: Valeu a pena!...

“ que tal abrir a porta do dia-a-dia, entrar sem pedir licença sem parar para pensar, pensar em nada legal, ficar sorrindo para qualquer pessoa para viver e ver.
Não é preciso muito não. Ta no mar, na lua, no brilho do teu olhar.
Eu não quero tudo de uma vez não.
Eu só tenho um simples desejo.
Hoje eu só quero que o dia termine bem”.
(Autor desconhecido)


Alzira Dayrell de M. Neta

Unaí-MG, 02/12/2008

Letramento Digital e Ensino




Na vida moderna, as tecnologias de comunicação tem modificado as atividades. Essas modificações tem mudado o processo ensino/aprendizagem. As ferramentas tecnológicas (computador, lógicas (computador, internet, cartão magnético, caixa eletrônico, etc, na vida social tem exigido aos cidadãos a aprendizagem de comportamentos e raciocínios específicos.
O letramento digital surge como uma necessidade para o desempenho dos educadores. Devem formar alunos a viverem como cidadãos neste novo milênio, cada vez mais cercado por máquinas eletrônicas digitais.
“... o mais recente desafio pedagógico que se coloca para educadores e lingüistas: letrar digitalmente uma nova geração de aprendizes, crianças e adolescentes que estão crescendo e vivenciando os avanços das tecnologias de informação e comunicação”.
(Antônio Carlos dos Santos Xavier)

Desafio pedagógico educadores e lingüísticos: Letras digitalmente uma nova geração de aprendizes, crianças e adolescentes que estão crescendo e vivenciando os avanços da tecnologia de informação e comunicação. Mundo das máquinas.
A escola hoje tem duas prioridades: alfabetizar e letrar as pessoas. A escola com o auxílio dos meios de comunicação (rádio, TV, jornais, revistas, etc) e agora modernos como, (internet, CD, DVD, CD Rom) ajuda a consolidar a cultura da escrita. A escola seleciona os conteúdos, organiza os programas e meios de aprendizagem, estabelece estratégias de como devem proceder aqueles que ensinam e os que devem responder aqueles que ensinam e aqueles que aprendem.
O educador deve fazer uso do conhecimento do mundo do educando que possui relação com a língua escrita, assim ele poderá alfabetizar letrando.
A aquisição do letramento alfabético, é indispensável aqueles que querem viver bem nas sociedades que super valorizam a escrita. Alfabetizar se faz letrando.
Letramento é a capacidade de enxergar além dos limites do código, fazer com informações fora do texto falado e escrito, e vivenciá-las à sua realidade histórica, social e política é características de um indivíduo plenamente letrado.
Precisamos estar inseridos no mundo digital. Compreendê-lo com clareza. Conhecer e lidar com a máquina é um desafio para a educação. Respeitar o conhecimento do aluno é importante e o interesse é maior. Letramento digital é perspectiva de futuro. Usar a máquina ou expressar a máquina...
A prática pedagógica e o perfil do professor hoje:
· Pesquisador, não mais repetidor de informação;
· Articulador do saber, não mais o fornecedor único do conhecimento;
· Gestor de aprendizagem, mais instrutor de regras;
· Motivador da “aprendizagem pela descoberta”, não mais avaliador de informações empacotadas a serem assimiladas e reproduzidas pelo aluno.
Equipamentos digitais possibilita reinventar o cotidiano. Estamos no século do conhecimento. Letramento digital é apropriação e domínio do letramento alfabético pelo individuo. Buscar conhecimento, atender desejos, textualidade.
Avanços tecnológicos são economias de tempo e papel. Jeito novo de aprender: ensino dinâmico, professor articulador, trabalho em equipe, participação ativa do aluno, aprender e aprender. Letramento digital é fazer indivíduos economicamente mais produtivo em espaços educacionais variados para enfrentar desafios (alfabetizar, letrar e letrar digitalmente o maior número de pessoas preparando-os para atuar no século do conhecimento.
Unaí, 06/11/2008

Comentário Filme – “Desmundo


Retrata o mundo de uma jovem que é forçada a ter uma vida que ela jamais desejou. Um lugar para ela que é o fim do mundo. Se viu obrigada a casar com Francisco Albuquerque, senhor de Engenho de Açúcar, colonizador deste Brasil. Uma visão não distante do momento, já que os colonizadores encontravam pela frente uma selva; e nesta luta para se estabelecer eram brutos para atender suas necessidades sexuais. Tinham necessidades de formação de família católicas, principalmente por mulheres brancas. No calor desta necessidade não perguntaram as órfãs do desejo, por não possuírem família, também não possuíam voz. A vida dos colonizadores eram difícil e para as mulheres se adaptarem a esta terra de ninguém era insuportável. As jovens órfãs, foram enviadas pela rainha de Portugal com o objetivo de atender os colonizadores. Criados e educados por freiras e completamente despreparados para o casamento. Através dos olhos de Oribela, vimos o sofrimento daqueles que ajudarão a criar esta nação. Oribela pede a Francisco que lhe dê algum tempo, para ela acostumar com ele e cumprir com suas obrigações. Paciência é algo que seu marido não tem. Praticamente ele a violentava. Sentindo-se infeliz Oribela foge. Quer pegar um navio e voltar a Portugal. Acaba sendo recapturada por Francisco, como castigo Oribela fica acorrentada e presa em um pequeno galpão. Deprimida, só, e seus pés feridos ela fica só. Trancada e ferida, só tem contato com uma índia que leva a comida. Ela também ajuda na superação dos seus machucados com plantas medicinais. Quando sai do cativeiro continua decidida a fugir. Veste de homem, disfarça a voz segue para a vila pedindo ajuda ao comerciante português Ximeno Dias. No final, acaba-se envolvendo com Ximeno Dias. Foge com ele. É recapturada por Francisco Albuquerque que mata Ximeno. Volta ao convívio de Francisco e dá a luz a um filho. O filme é ousado, os diálogos são falados em português arcaico.

Variações Lingüística



Falar característica de um grupo social
Toda pessoa que fala um idioma conhece as estruturas (regras) gerais de funcionamento dele. Isso não significa que todos os falantes de um língua a utilizam de maneira uniforme. Vários fatores contribuem (como a idade, o grupo social, o sexo, o grau de escolaridade etc) que interferem na maneira individual que o falante tem de se expressar. Exemplo vivo – Uma sala de aula, onde devem ser respeitadas as maneiras de falar diferente de cada um.
A língua tem variações que você se comunica de maneira adequada e eficiente; basta deixar os preconceitos lingüísticos. Linguagem é poder.

Tipos de Variações Lingüísticas
1. Sociocultural – grupo social ao qual o falante pertence;
2. Geográfica – região em que o falante vive por determinado tempo;
3. Histórica – tempo (época) em que o falante vive.

Faça uma comparação das frases:

Frase 1

Ele ficou por fora porque não foi na reunião.

Frase 2

Eles não entenderam nada porque não foram à reunião.

Que falantes empregariam a frase 1? E a 2?
Frase 1 – Falantes que fazem parte de grupos sociais pobres.
Frase 2 – Falantes de melhores classes sociais e econômicos. Freqüentam escolas, tem contatos com livros, jornais, revistas, internet, convivência com pessoas de nível intelectual melhor.

Variações lingüísticas geradas por influência das condições sociais dos falantes. Variações socioculturais.

Noturno de Belo Horizonte
[...]
Que importa que uns falem mole
[descansado]
Que os cariocas arranhem os erres na
[garganta]
Que os capixabas e parsaras
[escarrarem as vogais?
Que tem si o quinhentos réis meridional
Vira cinco tostões do Rio pro norte?
Juntos formaram este assombro de
[misérias e grandezas,
Brasil, nome de vegetal!...

Mário de Andrade, Poesias completas. Belo Horizonte, Itatiaia; S. Paulo Edusp, 1987.

O gaúcho não tem a pronúncia igual à de um nordestino, que, por sua vez, fala “diferente” de um carioca.
Dependendo de onde o falante vive durante certo tempo de anos, ele tem uma pronúncia característica. A maneira de pronunciar palavras e frases dá-se o nome de sotaque: sotaque mineiro, sotaque nordestino, sotaque gaúcho, sotaque carioca.
De região para região do país, temos formas distintas de falar. Tais variações são identificadas na pronúncia, no vocabulário, na estrutura de frase, palavras e expressões.
Essas diferenças na Língua é a variação geográfica.

Veja só esta revista:



A palavra “deletando” originária do idioma inglês, foi portuguesada e já faz parte do vocabulário oficial do nosso idioma. Em inglês, to delete significa “apagar”; deletando significa, “apagando”.
A língua não é estática, imutável. Ela se modifica com o passar do tempo e com o uso. Muda a forma de falar, mudam as palavras, a grafia e muitas vezes o significado da palavra.
Essas alterações recebem o nome de variações históricas.
Diálogo da historinha – o folclorista Cornélio Pires recria a fala típica de um sertanejo.

Só os óio

Ao regressar de Mineiros, em Goiás, [...] perdemos a hora de atravessar o Rio dos Bois.
Não houve rogos nem promessas que demovessem o balseiro de sua resolução. Eram mais de seis horas e não daria passagem.
Tocamos rastos atrás cinco léguas e fomos pedir pouso em casa de um sertanejo pobre, casa de pau a pique [...]
Estávamos em julho e o frio era intenso. Ao pedir pouso o caipira me perguntou:
_ Você trôxe rede?
_ Não
_Churchuádo?
_ Também não.
_ E cuberta?
_ Também não trouxe.
_ Aãã... Intãoee você, de durmi, só troxe os óio?
Cornélio Pires. Patacoadas. Coleção Conversa Caipira. Itu, Ottoni Editora, 2002.

Unaí, 24/08/2008

CONSIDERAÇÕES GERAIS


A educação continuada tem reflexos na qualidade de ensino, formando profissionais competentes e qualificados. Conhecimentos nunca se completa.
Educação é o meio pelo qual toda a sociedade se transforma para o bem. Essa forma de pensar compreende que educar não é apenas ensinar ou apresentar novo conhecimento; mas tudo aquilo que envolve o ser humano como um todo: história, expectativas, sonhos, etc. quer se dedica a esta árdua tarefa, tem que se comprometer com a ética, pois se sabe, com educação, não se brinca. Um ensino atualizado não se usa apenas em sala de aula, mas também em cursos, palestras, seminário, debates, roda de conversa, visitas a feiras e exposições, etc. uma educação séria se faz com competência verdadeira.Educação é transformação